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quinta-feira, 11 de março de 2021

503 ANOS DA REFORMA PROTESTANTE


 “O justo viverá por fé” (Rm 1.17)

Alemanha, 31 de outubro de 1517. No contexto religioso marcado pela venda de indulgências, cobiça do clero, esquecimento das Sagradas Escrituras, propagação da doutrina da justificação baseada em obras  meritórias, Deus levanta um homem de coragem, Martinho Lutero, para lembrar a Igreja que somos justificados pela fé, que somente Cristo é nosso mediador, que somente a Bíblia é a regra de fé é prática do cristão, que somente somos salvos pela graça, que a glória deve ser dada somente a Deus. Martinho Lutero, fundamentado nas Escrituras, enfrentou o poderoso sistema religioso de sua época, para proclamar a seguinte verdade: “visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé” (Rm 1. 17).

No dia 31 de outubro recordamos a Reforma Protestante, acontecimento que tinha como objetivo reformar a Igreja Cristã a partir de um movimento de retorno aos princípios evangélicos da Igreja primitiva. A Reforma Protestante surgiu a partir de um sincero  desejo de renovação de uma instituição eclesiástica que encontrava-se cega pela riqueza, poder e prestígio

As teses teológicas defendidas por Lutero geraram inquietações entre as autoridades religiosas, de modo que o mesmo não só foi perseguido, mas convocado a se retratar e a renunciar os seus escritos. Diante dos queriam silenciar sua voz profética, Lutero não se intimidou, mas reafirmou suas convicções. Disse Lutero: “A menos que possa ser refutado e convencido pelo testemunho da Escritura e por claros argumentos (visto que não creio no papa, nem nos concílios; é evidente que todos eles frequentemente erram e se contradizem); estou conquistado pela Santa Escritura citada por mim, minha consciência está cativa à Palavra de Deus. Não posso e não me retratarei, pois é inseguro e perigoso fazer algo contra a consciência. Que Deus me ajude. Amém!”

Celebrar o dia da Reforma Protestante significa recordar que é preciso reafirmar nosso compromisso com a Palavra do Senhor, pois será sempre perigoso e inseguro pensar, sentir e agir sem a convicção de que nossa consciência está cativa à Palavra de Deus. Celebrar o dia da Reforma protestante é o convite para sempre nos voltarmos para Cristo, nosso primeiro amor.

Fundamentação bíblica: “Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas” (Ap 2.5).

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Lúcio Rufino Pinheiro


FOME DE OUVIR A PALAVRA DO SENHOR

 


A Bíblia diz em Am 8.11-12, que dias virão em que o Senhor enviará “fome sobre a terra, não de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor. Andarão de mar a mar e do Norte até ao Oriente; correrão por toda parte, procurando a palavra do Senhor, e não a acharão”. Eu creio irmão, nessa Palavra. Pois, o que vemos no mundo são muitas pessoas ignorando a Deus, buscando apenas realidades que satisfaçam seus prazeres materiais. Tem muita gente brincando com Deus, levando uma vida de qualquer jeito, sem nenhuma preocupação com a vida eterna.

 Eu pensava que, com toda essa pandemia que atingiu o mundo, algumas pessoas buscariam verdadeiramente mais a Deus, seriam mais humanas, solidárias, aprenderiam a valorizar mais a vida com o Senhor, mas nem todas as pessoas tiraram lições positivas para suas vidas: muitos continuam vivendo na incredulidade, ainda não se libertaram do vírus do egoísmo, vivem desrespeitando suas próprias vidas e a dos outros; descartam o amor e o temor a Deus sem nenhum receio da perdição eterna.  Apesar do que ainda estamos passando com toda essa realidade de ameaça a vida humana, a sociedade de hoje nunca esteve tão distante da reconciliação com Deus. São poucos aqueles que se esforçam para ouvir a Palavra do Senhor.  São poucos os que têm buscado o Senhor, que vivem em sua presença. 

Fundamentação bíblica: E nós, na qualidade de cooperadores com ele, também vos exortamos a que não recebais em vão a graça de Deus
(porque ele diz: Eu te ouvi no tempo da oportunidade e te socorri no dia da salvação; eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis, agora, o dia da salvação) (2Co 6.1-2).

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Lúcio Rufino Pinheiro

“BUSCAI O SENHOR ENQUANTO SE PODE ACHAR”

 


Não sabemos o dia e nem a hora que iremos partir deste mundo. Antes da hora do juízo, do encontro definitivo do homem com Deus, é o momento oportuno para o arrependimento, para a confissão dos pecados, para a salvação. No juízo, não haverá mais a oportunidade de reconciliação com Deus.  Por isso, convém termos a prudência de entrarmos na porta da salvação enquanto ela ainda continua aberta. Pois, haverá um tempo em que essa porta se fechará e muitos ficarão de fora, porque não deram ouvidos à Palavra do Senhor no tempo oportuno.

Não importa que caminho errado você tenha percorrido. É sempre tempo de recomeçar. A generosidade do perdão de Deus é abundante ao ponto de nos acolhermos de volta como filhos e filhas amados. Pela morte de seu único filho, Deus nos deu um sinal que fomos reconciliados com Ele, que nossos pecados e penas foram perdoados.

Fundamentação Bíblica: “Buscai o Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto. Deixe o perverso o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao Senhor, que se compadecerá dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar” ( Is 55.6-7).

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Lúcio Rufino Pinheiro

A ESTRADA ATRAENTE DA PERDIÇÃO


 

Quantos caminhos tortuosos têm levado a muitos para o engano, para a perdição e para a condenação. Como disse um autor cristão do século IV, Basílio de Cesareia, “o inferno não pode ser feito atraente, por isso o diabo torna atraente a estrada que leva até lá”. O diabo, aquele que está em oposição a Deus, tem feito de tudo para enganar as pessoas, conduzindo-as a uma existência marcada pela indiferença à vontade de Deus.

A estrada que leva ao homem para a perdição eterna é atraente, pois não exige renúncias a tudo aquilo que desagrada a Deus, não exige compromisso de fidelidade a Palavra do Senhor. No entanto, se ignorarmos por toda a vida os ensinamentos do Senhor, a culpa de nossa infelicidade neste mundo e no mundo vindouro, será única e exclusiva nossa e não de Deus. O inferno começa desde já em nós quando vivemos distantes do caminho do Senhor. Da mesma forma, a realidade o céu já começa em nosso interior quando buscamos viver na presença de Deus através de uma vida renovada.

Texto: “Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela),
porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela” (Mt 7. 13-14).

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Lúcio Rufino Pinheiro

A PALAVRA DO SENHOR É LUZ

 


Meu amigo, minha amiga das redes sociais, nesta sociedade marcada pela propagação de notícias falsas, onde o discurso mentiroso passa por verdadeiro com o objetivo de enganar as pessoas, precisamos direcionar nossos olhos, ouvidos e coração para a Palavra do Senhor. Esta palavra não engana, não ilude, mas é a verdade que liberta o homem da cegueira, da ignorância, da alienação, do seu cativeiro da perdição. “Conhecereis a verdade”, disse Jesus, “e a verdade vos libertará” (cf. Jo 8.32).  

A Palavra de Deus é luz que ilumina nossos caminhos; é água pura que sacia nossa sede; é semente que germina vida nova no terreno do coração do pecador; A Palavra do Senhor é fogo que aquece e purifica a alma; é pão que sacia nossa fome pelas realidades espirituais. Não é uma Palavra dúbia, contraditória, incoerente, mas é a palavra verdadeira, coerente de um Deus que se revela para nós. Não é uma Palavra fruto da imaginação humana, mas é uma palavra inspirada pelo Espírito Santo de Deus. Por isso, toda vez que lemos, ouvimos a Palavra do Senhor é a boca de Deus falando ao nosso coração.

Fundamentação bíblica: “Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2Tm 3.16-18).

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Lúcio Rufino Pinheiro

LUTAR SEMPRE, DESISTIR JAMAIS

 


Diz uma lenda que três rãs caíram em recipiente de leite. Depois de várias tentativas, a rã mais velha ficou cansada e resolveu ficar quieta, e pouco a pouco foi se afogando. A segunda, como era mais intelectual, ficou apenas pensando sobre seu problema e não procurou agir. A terceira rã tinha muita vontade de viver, indignada com aquela sua situação, começou a mexer, espernear, agitou tanto o leite que ele se transformou em manteiga. Assim, conseguiu escapar da morte.

Na vida, nos deparamos com inúmeros obstáculos. Diante deles, muitos, como a primeira rã, se entregam aos seus problemas sem ao menos tentar encontrar uma saída. Outros, são como a segunda rã, pensam demais, ocupam a mente pensando nos seus problemas, mas não têm nenhuma atitude. Por fim,  há quem seja como a terceira rã que, diante do perigo de morte, luta com todas as suas forças, não aceita sua situação de sofrimento e usa dos únicos meios que tem em alternativas para solucionar seus problemas.

A nossa vida é uma grande luta. Todos os dias enfrentamos batalhas que exigem de nós força de vontade para viver, entusiasmo, persistência, coragem, determinação. Somente aquele que luta, que não desiste, que vence seus próprios medos, tem a possibilidade de dar um salto em sua vida. Lute sempre! Não desista jamais!

Fundamentação bíblica: “Bendito seja o Senhor, rocha minha, que me adestra as mãos para a batalha e os dedos, para a guerra;
minha misericórdia e fortaleza minha, meu alto refúgio e meu libertador, meu escudo, aquele em quem confio e quem me submete o meu povo” (Sl 144.1-2).

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Lúcio Rufino Pinheiro

O PODER DA LÍNGUA

 


Um famoso rei tinha um empregado muito sábio. Certo dia, pediu-lhe que fosse ao mercado e comprasse o melhor que há para comer. Sem demoras, o empregado trouxe para o rei uma grande língua. Ao ver a língua o rei ficou espantando e disse seu empregado: “Como você ousa me afrontar diante dos meus convidados? Não tinha comida melhor no mercado?” Explicou o empregado: “A língua é o melhor que há no mercado. Ela é responsável pela nossa comunicação; é através dela que o senhor me dar ordens; é através dela que transmitimos ensinamentos, que abençoamos.  Como vê a língua é a melhor coisa que há”.

 Admirado com a sabedoria do seu empregado, o rei deu para ele outra tarefa; que fosse novamente ao mercado e comprasse o que há de pior para comer. Pouco tempo depois, novamente o empregado trouxe outra grande língua. “O que é isso? Outra língua? Você não disse que a língua é o melhor para se comer?”, indagou o rei.

 Sabiamente, respondeu o empregado: “Sim. É verdade. A língua também é o pior que há para se comer. A língua é usada para a discórdia e inveja, para maldizer e caluniar, quando ela é mentirosa, é a pior coisa que há”.

 A lenda do rei e o seu sábio empregado nos ensina o grande poder que língua tem, seja para o bem ou para o mal. Podemos usá-la para abençoar, encorajar e motivar os outros. Por outro lado, muitos utilizam a língua como instrumento para destilar os venenos mortíferos do ódio, da fofoca, da inveja e da discórdia. Outros utilizam a língua para destruir a reputação do outro, para amaldiçoar e julgar.

 A língua, apesar de ser um órgão tão pequeno do nosso corpo, seus poderes de edificação e de destruição são enormes. Uma palavra dita na hora errada, da forma errada pode destruir relacionamentos, machucar e promover danos irreparáveis na vida das pessoas de nossa convivência.

 A Bíblia diz em Pv 10.19 que, “quem controla a língua é sensato”. E ainda, podemos ler na carta de Tiago 1.26: “Se alguém se considera religioso, mas não refreia a sua língua, engana-se a si mesmo. Sua religião não tem valor algum!” (Tg 1,26).

É preciso prudência, sabedoria, para não utilizarmos a nossa língua como instrumento a serviço do mal. Se nossas palavras não edificam, não são verdadeiras, não são canais de bênçãos, o silêncio vale mais do que mil palavras. É preferível o silêncio dos prudentes que a palavra maldita dos tolos, fofoqueiros, invejosos, caluniadores e mentirosos.

Fundamentação bíblica: “Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno. Pois toda espécie de feras, de aves, de répteis e de seres marinhos se doma e tem sido domada pelo gênero humano; a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero. Com ela, bendizemos ao Senhor e Pai; também, com ela, amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma só boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não é conveniente que estas coisas sejam assim” (Tg 3.6-10).

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Lúcio Rufino Pinheiro

APRENDA A RETIRAR AS PEDRAS DO CAMINHO


 

Em um reino distante, um sábio rei, colocou uma grande pedra no caminho para observar como as pessoas reagiriam. Uns passavam pela pedra e reclamavam. Outros culpavam e chamavam de preguiçosos aqueles que tinham deixado a pedra na estrada. No entanto, ninguém se prontificou a retirar a pedra.

 Certo dia, uma jovem que vinha do seu trabalho, passou por aquele caminho. Ao ver a pedra, pensou: “Alguém pode tropeçar nessa pedra e se ferir. Por isso, vou removê-la do caminho”. Em seguida, depois de tanto esforço, conseguiu retirar a pedra do caminho. Ao retirar a pedra, a jovem encontrou uma caixa com um grande tesouro. Na tampa da caixa estava escrita a seguinte frase: “Esta caixa pertence a quem retirar a pedra”.

 No caminho da nossa existência encontramos muitas pedras, obstáculos. Essas pedras podem ser: uma crise de relacionamento conjugal ou familiar, um problema financeiro, uma crise de fé ou existencial, um vício que nos domina, uma doença.  Cada um sabe qual a pedra que precisa remover do seu caminho. Diante dessas pedras, posso apenas murmurar, reclamar, ficar revoltado, culpar os outros, esperar que alguém resolva, dar um jeito de se desviar das pedras sem ao menos tentar removê-las do caminho ou fazer como a jovem da lenda que, mesmo na sua fragilidade, teve a ousadia, a atitude de usar todas as suas habilidades para retirar a pedra.

 Tentar remover as pedras do nosso caminho nem sempre é fácil, exige coragem, determinação, esforço. Porém, somente aqueles que ousam retirar as pedras do caminho terão a possibilidade de encontrar preciosos tesouros de paz, alegria e felicidade. Nada pode vir de bom para aqueles que apenas reclamam e esperam que os outros resolvam seus problemas.

 Deus é esse “sábio rei”, que muitas vezes permite tribulações que estão “acima das nossas forças” para que não coloquemos nossa confiança em nós mesmos, mas, sobretudo, Nele (cf. 2 Co 1.8-9).  Se colocarmos nossa confiança em Deus e agirmos com os dos dons que Ele nos concedeu, encontraremos forças para removermos as pedras do nosso caminho, encontraremos tesouros escondidos.   

 Fundamentação bíblica: “Eu irei adiante de ti, endireitarei os caminhos tortuosos, quebrarei as portas de bronze e despedaçarei as trancas de ferro; dar-te-ei os tesouros escondidos e as riquezas encobertas, para que saibas que eu sou o Senhor, o Deus de Israel, que te chama pelo teu nome (Is 45.2-3).

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Lúcio Rufino Pinheiro

 

MUDAR A SI MESMO

 


Uma mulher, recém-casada, tinha muita dificuldade de conviver com sua sogra. Certo dia, foi ao mercado comprar um veneno para matar sua sogra. O vendedor aconselhou que a mulher colocasse apenas pequenas doses na comida da sogra e que a tratasse bem para não levantar suspeitas. Seguindo o conselho do vendedor, a nora começou a tratar a sogra com mais carinho, afeto, atenção e respeito.  Nos finais de semana, passou a convidar a sogra para tomar um cafezinho e para passear.

 Passados alguns meses, a nora retornou ao vendedor e disse: “Por favor, ajude-me a evitar que o veneno mate a minha sogra. Ela se tornou uma pessoa agradável, amável, especial, não sei viver sem ela”. Sorrindo, disse o vendedor: “Não se preocupe, sua sogra não irá morrer, pois o veneno que lhe dei não passava de uma mistura de água com chá caseiro e só fez melhorar a saúde dela”.

 Meu amigo, minha amiga, ninguém pode oferecer o que não tem. Às vezes, aquela pessoa que consideramos “chata”, “insuportável”, “intragável” não passa de alguém carente de amor, carinho, atenção, acolhida. Se passarmos a tratá-la bem, se semearmos em seu coração a semente do amor, colheremos bons frutos.  As pessoas com as quais temos dificuldades de convivência são aquelas que precisam ser mais amadas. Quando substituímos o veneno da indiferença pelo remédio do amor, passamos a transformar o outro e, principalmente a nós mesmos.

 Você já parou para pensar: Por que certos defeitos dos outros nos irritam tanto? Na verdade, às vezes, os defeitos dos outros nos irritam porque vemos nas atitudes dos outros nossos próprios defeitos os quais não aceitamos e nem nos propomos a transformá-los.  Mudar a si mesmo é muito mais fácil do que esperar que os outros mudem. O segredo para uma vida feliz consiste em fazer os outros felizes.

 Fundamentação bíblica: “Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gl 6.7-10).

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Lúcio Rufino Pinheiro

“NADA HÁ ENCOBERTO QUE NÃO VENHA A SER REVELADO”



Nas últimas semanas, a imprensa tornou público dois fatos que envergonham os cristãos. O primeiro fato diz respeito a um padre Católico Romano acusado de desvio de milhões de reais dos seus fiéis para compra de mansões luxuosas, fazendas, emissoras de rádio e avião. O segundo fato diz respeito a uma pastora evangélica que, movida pela ambição pelo poder e dinheiro, é acusada mandar assassinar seu próprio esposo.

 Contemplando esses fatos maléficos, e pensando na presença no mundo de bilhões de pessoas que dizem crer em Deus, deparo-me com os seguintes questionamentos: O que leva uma pessoa que conhece a Palavra do Senhor, que recebeu uma formação moral adequada a praticar crimes tão deploráveis? Por que nós que cremos em Deus temos tanta dificuldade de ser a diferença no mundo? Por que a nossa fé nem sempre tem influenciado os ambientes sociais, familiares nos quais convivemos de forma que possamos contribuir para melhorá-los?

 Penso que as respostas para essas indagações possam ser encontradas no coração humano onde habita o pecado. A ação do pecado original na nossa natureza é tão devastadora, que por mais que nos esforcemos em não pecar acabamos falhando. Só Deus é bom, perfeito. Entre nós seres humanos, “Não há justo, nem um sequer”, como está escrito em Rm 3.10. A Bíblia ainda diz em Ecl 7.20: “Não há homem justo sobre a terra que faça o bem e que não peque”. Aqueles que são dominados pela sua natureza pecaminosa não têm nenhuma condição de agradar a Deus. A certeza que temos é que, se fazemos algo de bom é por causa da ação da graça de Deus em nós. Sem o auxílio da graça divina estamos propensos a praticar atos horríveis, deploráveis, vergonhosos, escandalosos, como roubar e matar. 

 O conhecer a Deus e professar a fé Nele não estão limitados ao comportamento exterior. Ninguém pode viver de aparência por muito tempo. Jesus disse: “Nada há encoberto que não venha a ser revelado; e oculto que não venha a ser conhecido” (Lc 12.2). Não adianta vivermos de aparências, pois ninguém se esconde dos olhos de Deus, pois o mesmo conhece o nosso coração, pensamentos e intenções.

 Fundamentação bíblica: “Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda” (Sl 139.1-4).

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Lúcio Rufino Pinheiro

 

DEUS PODE MUDAR O RUMO DA NOSSA HISTÓRIA


 

A Bíblia, no primeiro livro de Primeira Crônicas, 4.9-10, faz uma breve referência a um homem da descendência de Judá, chamado Jabez. Seu nome na língua hebraica significa: “Ele concede dor”. Jabez trazia em sua própria identidade e personalidade a marca da dor, carregava o estigma daquele que provoca dor.

 Mas Jabez não se contentou com sua situação de humilhação, de maldição, de aflição e dor. Então, através da oração, suplicou a Deus que mudasse o rumo da sua história, dizendo: “Oh! Tomara que me abençoes e me alargues as fronteiras, que seja comigo a tua mão e me preserves do mal, de modo que não me sobrevenha aflição! E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido” (1 Cr 4.10).

 Talvez você seja alguém que alimentou em sua mente a ideia que é impossível mudar a si mesmo e continua a dizer: “Eu nasci assim, vou morrer assim”. Talvez você seja aquela pessoa que tenha se acomodado e aceitado sua situação de sofrimento como dádiva de um “destino” do qual é impossível escapar.

 O testemunho de Jabez nos ensina que é sempre possível mudar o rumo da nossa história. Não importa qual seja a situação que limita a possibilidade de termos uma existência feliz, se suplicarmos com confiança ao Senhor, como fez Jabez, Ele, segundo sua soberana vontade, pode transformar nossa realidade de dor e aflição em bênçãos, pode preservar nossa vida de todo o mal.

 Jabez suplicou a Deus que alargasse as fronteiras, ou seja, que sua vida não se limitasse ao sofrimento, mas que houvesse a possibilidade, a oportunidade de mudança de sua condição.  Quais são os limites de sua vida que precisam ser alargados?

 Jabez entregou a Deus tudo aquilo que na sua existência não era possível de ser mudado somente pelas suas próprias forças. Como Jabez, apresente seus limites ao Senhor em oração, pois existem situações que não estão ao nosso alcance de transformá-las, mas que dependem de Deus, que pode transformar o impossível aos olhos humanos em possível.

 Fundamentação bíblica: “Eu é que sei que pensamentos tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz e não de mal, para vos dar o fim que desejais. Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o Senhor, e farei mudar a vossa sorte” (Jr 29.11-14)

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Lúcio Rufino Pinheiro