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quinta-feira, 14 de junho de 2018

O MEIO-DIA DA MINHA E DA SUA VIDA


Ao recordar os belos momentos da minha infância querida nas terras interioranas potiguares, sou tomado pela lembrança da hora do meio-dia, quando junto com meus amados irmãos, sentávamos à mesa para saborear aquela comida deliciosa, temperada com amor e carinho, que só a mãe sabia preparar. Velhos tempos, belos dias.
Na hora do meio-dia, gostava de escutar o cantar do vim-vim, pássaro tão conhecido na minha região. Quando esse pássaro cantava e nos encantava, era comum respondermos: “se for bom venha, se for ruim vá embora”, pois, segundo a tradição de nossos pais, o seu canto anunciava que uma visita estava para chegar.
Depois de mais de vinte anos que não escuto o canto do vim-vim, pois não há espaço para ele na grande cidade onde moro, ou porque o mesmo já se encontra entre aqueles pássaros ameaçados de extinção, redescubro um novo sentido do meio-dia. Esta descoberta seu deu a partir da meditação da Sagrada Escritura. Nela, descobri que o meio-dia não significa simplesmente a hora da visita de alguém, mas o tempo sagrado do encontro do homem com Deus. Ele é a visita ilustre que possibilita ao homem entrar numa relação de diálogo e de intimidade, e, ao bater na porta do seu coração, espera encontrar hospitalidade.
O presente texto tem como finalidade apontar um sentido bíblico e antropológico acerca do meio-dia.

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Lúcio Rufino Pinheiro

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