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quarta-feira, 13 de junho de 2018

OLHAR PARA FRENTE

    “Salva-te, pela tua vida! Não olhes para trás de ti nem te detenhas em lugar da planície; foge para a montanha, para não pereceres. Ora, a mulher de Ló olhou para trás e converteu-se numa estátua de sal” (Gn 19,17. 26).

    Muitos não se desenvolvem nas dimensões humana e espiritual porque ainda estão presos numa vida passada de erros, desilusões, fracassos e decepções. Carregam consigo um fardo pesado repleto de sentimentos de culpa. Tais sentimentos são empecilhos para se contemplar a beleza do tempo presente.
    A mulher de Ló olhou para trás e se transformou numa estátua de sal (Cf. Gn 19,26). "Olhar para trás!" Talvez essa seja a razão de muitas pessoas estarem mergulhadas numa grande e profunda angústia. Tornamos-nos prisioneiros de nós mesmos, quando não nos libertamos de certas experiências negativas, das quais jamais tentamos re-significá-las ou extrair um bem para o tempo presente.
    A Palavra do Senhor nos convida a avançar, a sair da planície. É preciso sair da mediocridade, superar a si mesmo e caminhar para a montanha, lugar do encontro com Deus, da transformação.
    Eis o desafio e uma proposta: "Olhar para frente!" Fomos criados para enfrentar e não fugir, para avançar e não estagnar.
    Olhar par frente mesmo quando tudo parece não ter sentido;
    Olhar para frente mesmo que os caminhos estejam escuros;
    Olhar para frente mesmo quando já estamos cansados de caminhar;
    Olhar para frente mesmo quando não confiam em nossas potencialidades;
    Olhar para frente mesmo quando parece não haver nenhuma alternativa;
    Olhar para frente mesmo que as pontes que nos unem aos outros estejam deterioradas pela ferrugem ou cupim da inimizade;
    Olhar para frente mesmo quando a vida se encontrar ameaçada;
    Olhar para frente mesmo quando a miopia da falta de esperança nos possibilite pensar que não vale à pena.
    Olhar para trás é querer ficar preso a falsas seguranças que nos impedem de sermos pessoas humanas em plenitude.
    A experiência de ser "estátua de sal" parece ser mais cômoda: não sente dor, não precisa fazer esforço, não se decepciona. Porém, não há luta, não há desafio, não há vida.
    Somente quem toma a iniciativa de olhar para frente, poderá desbravar mundos desconhecidos, terá a possibilidade de encontrar um lugar harmonioso, onde o sol da alegria aquece e a luz da esperança não deixa de brilhar.
    Olhar para trás é ilusão. Olhar para frente nos permite a possibilidade da concretização de nossos ideais. Lembre-se: Não olhe para trás. Olhe para frente!

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    Lúcio Rufino Pinheiro




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